Reforma Tributária - Notícias

Em Goiás, Seminário promovido pela Economia discute desafios da Reforma Tributária

Por: Dia a Dia Tributário - 14 de junho de 2024

Secretário Sérvulo Nogueira destacou o desafio do Estado em manter os níveis de arrecadação e promover o crescimento.

A implementação da Reforma Tributária precisará ser trabalhada pelo Estado de Goiás em duas frentes: a manutenção do patamar de arrecadação e o crescimento do Estado a partir do novo modelo adotado, que impede a concessão de benefícios fiscais. A reflexão é do secretário de Estado da Economia, Sérvulo Nogueira. O titular da pasta participou, nesta quarta-feira (12/6), em Goiânia, de um Seminário sobre a Reforma, promovido pela Secretaria da Economia e que reuniu mais de 90 auditores fiscais.

Com a transição, que substituirá o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), prevista para começar em 2026 e se completar em 2033, Sérvulo considera que o Estado precisará reavaliar a estratégia para manter a arrecadação e continuar crescendo após esse período. “As questões cruciais são: qual será o nível de arrecadação após a implementação total do IBS em 2033, e como o estado poderá continuar crescendo, considerando seus potenciais econômicos, já que poderemos ser fortemente afetados pela realocação espacial dos setores econômicos no Brasil?”, pontua o secretário.

Na mesa do evento estavam o superintendente de Controle e Auditoria, Marcelo Mesquita, a presidente da Affego, Dalvina Cardoso, a subsecretária da Receita, Lílian Fagundes, a secretária-adjunta Renata Lacerda, o presidente do Sindifisco, Paulo Sérgio Carmo, e o secretário da Economia. Sérvulo recebeu as boas-vindas dos presidentes do Sindifisco e da Affego, que elogiaram a realização do seminário e admitiram que a profissão de auditor passará por mudanças com a reforma.

O secretário agradeceu o apoio dos dirigentes sindicais e pontuou que o próximo passo é estudar cuidadosamente a fixação das alíquotas estaduais. “A forma de atuação dos fiscos mudará significativamente, pois a arrecadação do IBS será no destino final, pelo consumidor. Isso mudará a lógica atual e nos fará depender mais da arrecadação de varejo, apresentando um desafio para todos’, conclui.

Renata Lacerda classifica o seminário como fundamental para entender o novo modelo: “Não é uma mudança em alguns pontos da legislação sobre o nosso principal tributo. É uma reformulação total, extinção do ICMS, um novo imposto com características distintas. Eu me sinto como se estivesse entrando novamente no Fisco, estudando para prestar um concurso e reaprendendo”. Ela enfatizou que, apesar da reforma estar em construção, é essencial acompanhar a discussão e se preparar para as mudanças, pois a transição começa em 2026, envolvendo todo o fisco goiano.

A subsecretária Lílian Fagundes destacou a importância do envolvimento de todos na discussão: “Estamos saindo na frente nesse processo, tenho certeza disso. Este é um momento crucial e precisamos nos preparar para a mudança. Devemos desenvolver estratégias de inovação, promover a conformidade tributária e efetivamente transformar nossa cultura”, ponderou.

Superintendente de Controle e Auditoria, Marcelo Mesquita pontuou que a adaptação à reforma é um processo coletivo: “Precisamos trabalhar juntos para implementá-la em todos os níveis do Fisco e da Secretaria”.

Palestra

A primeira apresentação do Seminário contextualizou as mudanças no sistema tributário brasileiro. Foi destacado que este é um momento disruptivo, com a transformação completa da tributação de consumo no país. A apresentação abordou o funcionamento atual do ICMS, a concessão de benefícios fiscais e como isso mudará com a implementação do IBS, um imposto de competência compartilhada entre estados e municípios.

Dirigentes Sindicais

Dalvina Cardoso, presidente da Affego, destacou a situação de extrema necessidade de reflexão e decisão de toda a classe com a reforma, que mexe nas questões tributárias e no trabalho da fiscalização.

Paulo Sérgio Carmo, presidente do Sindifisco, ressaltou que a reforma altera o trabalho do auditor fiscal, a sua autonomia e a sua essencialidade. Por essa razão, recomendou que todos se engajem no debate e atuem em todas as frentes e esferas para conhecer o novo modelo antes mesmo da aprovação pelo Congresso.

Fonte: Sefaz Goiás

Veja também

Notícias

Mais de 70 mil contribuintes têm inscrição estadual suspensa pela Sefaz-SP por inatividade presumida

A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) publicou nesta sexta-feira (29), no Diário Oficial do Estado, a notificação de suspensão da eficácia da Inscrição Estadual (IE) de 73.552 contribuintes paulistas por omissão consecutiva na entrega das Guias de Informação e Apuração do ICMS (GIAs) relativas a janeiro, fevereiro e março […]

3 de dezembro de 2024

Notícias

Ex-diretor de rede de farmácia é condenado por sonegação de R$ 8 milhões em impostos

A 22ª Vara Federal de Porto Alegre condenou o ex-diretor de uma rede de farmácias pela supressão e redução de pagamentos de impostos em prejuízo avaliado em aproximadamente R$ 8 milhões. A sentença foi publicada em 17/01. O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação narrando que o ex-diretor e o seu sócio foram responsáveis […]

8 de fevereiro de 2024

Notícias

Fábrica de sorvetes e picolés não precisa de inscrição no Conselho Regional de Química

Uma fábrica de sorvetes e picolés de Garopaba obteve na Justiça Federal sentença que a desobriga de se inscrever no Conselho Regional de Química (CRQ), contratar profissional e pagar a respectiva anuidade. A 1ª Vara Federal de Tubarão aplicou a jurisprudência que considera a atividade básica da empresa como causa da obrigatoriedade de inscrição. “A […]

17 de setembro de 2024